segunda-feira, março 15, 2010

E se o mundo acabar...

Então, parece que o fim do mundo está próximo! Primeiro essa história de aquecimento global causando catástrofes como o Katrina, agora o mundo não para de tremer... Haiti... Chile...


Segundo o calendário Maia, o mundo acaba em 2012... todas essas coisas me deixaram pensando...
Humm... se o mundo realmente acabar em dois anos....


O que diabos eu estou fazendo trabalhando em um restaurante em Nova Iorque?

Não é só o sentimento de que deveria estar fazendo coisas mais nobres nos dois últimos anos da existência da humanidade. O problema é que todo mundo sabe que se o mundo vai acabar, a catástrofe vai começar por Nova Iorque! Pelo menos é o que diz Hollywood!

Toda catastrofe começa em NYC, senão os produtores de Hollywood tratam de corrigir o erro! Godzilla por exemplo foi lançado a primeira vez no Japão em 1954. O trauma das grandes bombas atômicas que causaram tanta dor no Japão durante a Segunda Guerra Mundial foi a inspiração para esse clássico cataclísmico. O único problema, é que não era em NYC, por isso, em 1998, os americanos refilmaram Godzilla, desta vez em New York. Na refilmagem, os americanos ainda dão um jeito de culpar os franceses pelos testes nucleares, o que acho muito engraçado!


Todo mundo já viu “Os caça fantasmas” (1984) e a destruição que um boneco gigante de marshmallow pode causar na Big Apple. O que muitos não viram, foi o que os fantasmas fizeram com o símbolo da liberdade americana em “Os caça fantasmas II”(1989), quando a estátua da Liberdade sai andando em direção a Manhattan possuída por maus espíritos.

Agora, se um monstro feito de guloseimas não parece assustador o suficiente para você, que tal um meteoro com capacidade de destruir o planeta? Armageddon (1998) ganhou muitos prêmios (várias framboesas de ouro: prêmio para os PIORES do cinema). Além de horrorosas atuações de Bruce Willis, Liv Tyler e Ben Affleck, o filme é cheio de “defeitos” especiais. O suposto meteoro mais parece um cenário do Jaspion! A única cena que se salva no filme é uma chuva de meteoros que atinge... que cidade? New York! Claro! Todo mundo adora ver aqueles táxis amarelinhos voando pelos ares, talvez seja por que a gente saiba o tanto que os motoristas de táxi nova-iorquinos são grossos.



Para os que gostam de paradoxo: King Kong (1933, 1976, 2005), uma história tão cativante, que foi feito 3 vezes! O macacão malvado que se apaixona pela gringa loira e acaba sendo capturado e trazido para... que cidade? Nova York! Claro que o Kong poderia ter se pendurado na Torre Eifel, o que na verdade seria mais romântico, se a gente levar em consideração que foi o último encontro do primata com a gringa, mas não, em 2005, Kong escala o Empire State e em 1976 ele prefere as Torres Gêmeas. Assim como em Godzilla, em King Kong, é a ambição humana que traz o monstrão para devastar a cidade que nunca dorme!

Se você teve uma infância parecida com a minha e sua brincadeira preferida era de Pequena Sereia, talvez você até goste da idéia de um tsunami causado por um meteoro submergindo o mundo todo! Se esse é o seu tipo de filme, Impacto Profundo (1998)talvez seja a sua escolha! O filme seria parecido com Armageddon, a diferença é que Impacto Profundo não tem o Bruce Willis para salvar o mundo! O “Frodo” talvez seja bom para guardar anéis mágicos, mas para destruir asteróides com capacidade cataclísmicas, melhor chamar o Bruce Willis! Impacto profundo provavelmente teve as cena de fim de mundo mais legal do cinema até ano passado quando foi destronado por 2012.

Nós sabemos que Mr. Willis é um homem muito ocupado, se ele não atender o telefone no caso de uma invasão alienígena, a gente pode sempre chamar o presidente dos Estados Unidos, por que melhor do que um gringo valentão (geralmente o Bruce Willis) salvando o mundo, é só o presidente americano. O instruído presidente americano mostra o seu lado másculo lutando contra ETs malignos em Independency Day (1996). Ainda lembro da minha revolta quando em 1996, saí do cinema depois de assistir esse filme! Aff... se não adorasse o Will Smith, diria que o filme é tão ruim quanto Amargeddon. No caso de Independency Day, os “chupa-cabras malvados” explodem os lugares “mais importantes do mundo”, sorte nossa que não foi até ano passado que Hollywood começou a derrubar o Cristo Redentor durante o fim do mundo. Os insetos gigantes explodem a Casa Branca antes, mas um filme apocalíptico não seria suficientemente trágico sem explodir alguma coisa em New York, por isso lá vai o Empire State de novo!

Mesmo quando uma catástrofe começa num lugar longíncuo como o Pólo Norte, a palhaçada chega aqui! Em The day after tomorrow (2004), um cientista descobre que o aquecimento global esta desequilibrando o clima da terra durante uma expedição científica. Com o Pólo Norte descongelando, as correntes marítimas são alteradas e... Voia la: Uma nova era do gelo! Claro que o filho do cientista tem que estar em New York quando o hemisfério norte começa a congelar.

Cansou de ver o Empire State building e a Estátua da Liberdade serem congelados, afogados, queimados, atacados por monstros, ETs e meteoros? Você pode ver 2012 (2009), assim você pode ver o resto do mundo cair também! Capela Sistina, Cristo Redentor, dessa vez o diretor Roland Emmerich (mesmo de Independency Day) não poupou nem os pobres dos monges tibetanos de morrerem afogados.

Alguns filmes nos poupam da parte dolorosa da destruição e nos leva diretamente ao que interessa: pós catástrofe! Se você é ansioso como eu e não tem paciência para ver a humanidade ser exterminada, mas quer saber o que acontece depois, trazemos Will Smith de volta à lista em I am legend (2007). Aqui, todo mundo pegou raiva (adoro isso: a humanidade morreu de raiva, hahahah...) ficou doente babando e com medo de sol, só sobrou o Will Smith e um pastor alemão! A vista da Ponte do Brooklyn quebrada no meio aqui é a minha preferida! Se você é leitor do Blog deve saber que eu sou apaixonada pela ponte!

Admito que não consegui assistir a maioria dos filmes que citei, pelo menos não vi o filme todo, em alguns, dormi, em outros, mudei de canal... mas se você quer ver New York pós desgraça enquanto assiste um filme cabeção: AI- Inteligência Artificial (2001) metade feito pelo Kubric, que tinha uma mente cabulosa, e terminado pelo Spielberg , que... enfim é o Spielberg, esse filme não tem o fim do mundo como assunto principal. Aqui, o buraco é mais embaixo, mas as cenas de New York City debaixo d’água por causa do aquecimento global são lindíssimas!

Então, depois de ver NYC destruída de todas as formas possíveis e imagináveis, fiquei aqui pensando se não seria melhor estar em Teresina em 2012. Afinal de contas, nunca vi um terremoto destruir a igrejinha da Frei Serafim, ou o Colégio das irmãs às chamas, tampouco um tsunami invadindo o rio Parnaíba! Quem sabe? Às vezes Teresina fica lá quietinha e a adversidade deixa a gente em paz. Agora, se o fim for mesmo inevitável, pelo menos no meu último dia na Terra, eu assisto um filme diferente, porque Nova York caindo aos pedaços já ta muito batido!

domingo, março 14, 2010

Estado permanente de insatisfação

Tudo mundo gosta de dizer que a inquietação do ser humano é o que move a humanidade. Muita gente tambem diz que nossa história é feita de ciclos de construção e desconstrução. Analisando minha própria vida, percebi que é um otimo exemplo em miniatura dessas características humanas.

Sempre gostei de pensar que sou uma pessoa boa e que me esforco ao máximo para fazer o que eu acho "o certo". Posso tentar me vitimizar nessa história de miniatura do ciclo da evolução da humanidade, mas a verdade é que talvez eu nao seja assim uma pessoa tão boa no fim das contas!

Algumas pessoas tem um talento: cozinhar, desenhar, sexo (tem gente que simplesmente tem mais talento que outras...), escrever... Sempre gostei de achar que era uma pessoa de certos talentos: adoro cozinhar, costurar... nao faço nada MUITO bem por causa disso. Estou sempre muito distraída com coisas novas para ter tempo de aprimorar qualquer talento já existente. Só que nessa manha acho que descobri meu verdadeiro talento: achar problemas!

Deve haver ai no mundo alguém especialista em achar problemas. Preciso descobrir essa profissão, por que é com ela que eu vou ganhar milhoes, como cacadora de problemas! Como cheguei a essa conclusão? Insatisfação crônica!

Eu sempre estou reclamando! Nada no mundo serve, ou está bom o suficiente. Nenhuma cidade é boa o suficiente para impedir que eu me mude. Nenhum namorado adequado que dure, nem um trabalho... e por ai vai! Em alguma hora, vou achar um defeito, um problema, para mudar de cidade, namorado ou trabalho, ou talvez os três ao mesmo tempo. O pior é que nao é o tedio que me faz querer mudar, é uma forca absurdamente forte que falta me sufocar. Pânico em estar estagnada em algo que não seja o que eu quero, mas o problema é que eu sempre mudo o que quero.

sexta-feira, março 12, 2010

What makes you?


Who is you spring?

The sun is here

But not that familiar place

Not that familiar smell

Neither the view

The profile that makes you smile

Makes you hopeful


Now what?

The sun shines out,

But you can’t see it

You wouldn’t dare leaving

Afraid that too much of anything

Would make you forget

The profile that makes you smile

Makes you happy


So many year have passed

Winters, too long

Springs, ever enough

Many have come and gone

But what stays, is that one

The profile that makes you smile

Makes you understand


You though it have been forgot by now

But every night

You lay and cry

Too scared to hear he says

That it is gone

The profile that makes you.

segunda-feira, março 08, 2010

Merda de dia ensolarado...











Essa semana meu chefe saiu de viagem. Eu trabalhei bastante, trabalhei tanto que não tive tempo de ligar pra duas grandes amigas para desejar feliz aniversário; mandei mensagens dizendo: “Segunda eu ligo!”


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Pois bem, segunda chegou e acordei ao meio dia. Sem vontade de falar com ninguém ou fazer nada, com a sensação de que essa vida de trabalhar fazendo algo que eu detesto está arruinando meu humor. Abri meus e-mails e vi um de uma prima: era ela repassando uma mensagem da irmã, que mora no Chile. Essa semana o Chile sofreu um puta terremoto e eu estava muito ocupada servindo champagne para um monte de peruas ricas em um chá de panela no restaurante. Me senti um monstro!


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Aqui, longe de todos, trabalhando sem saber porquê, mais confusa do que cachorro caído da mudança, incapaz de fazer 15%das coisas que sempre fui acostumada a fazer na vida, cada vez mais cansada e triste, me senti um monstro. Minha prima cresceu comigo. Na infância e adolescência nós brincamos, brigamos e passamos por quase tudo juntas. Quando me separei aqui em NY, ela foi a primeira a ligar, para saber como eu estava. Agora, que o chão literalmente tinha tremido debaixo de seus pés, fico sabendo quase uma semana depois, por que estava muito ocupada servindo champagne e sentindo pena de mim mesma...


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Tento ler, me reconectar com coisas que me faziam uma “pessoa melhor”, mas as momentâneas horas de felicidade são sempre engolidas por ondas gigantes de decepção que me jogam de volta a um buraco sem fundo, onde só a inércia é capaz de se acumular. Sem ninguém para culpar ou pedir ajuda, sem acreditar em Deus ou no Diabo, ando em círculos vendo as horas passarem, o sol nascer e se por sem saber como mudar. Mudar na verdade não é o problema, o problema é saber o quê mudar.


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Por muito tempo achei que o problema eram minhas expectativas, sempre tão altas, quase inatingíveis. Talvez a frustração quase sempre certeira criada por tamanhas ambições era a causa do irritante descontentamento que eu sentia. Assim, mudei! Mais calma, menos ambiciosa e menos arrogante, consegui viver em relativa paz. Agora o problema é essa pessoa na qual me transformei: vivendo um dia atrás do outro, tentando achar a felicidade nas pequenas coisas. Isso não funciona para mim! Um dia você acorda e nem sabe quem é mais! Não sei o que eu sou, o que estou fazendo, e o pior, eu tenho verdadeiro horror a mim mesma. Sei que antes, era irritante, arrogante e ansiosa, mas agora parece que virei um saco vazio. Sem parar em pé esse saco acorda todo dia tentando sacudir a poeira e fazer o melhor possível daquele dia, mas a gente sabe o que acontece com saco vazio.


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Minha prima está bem, minhas amigas provavelmente tiveram um ótimo aniversário, mas não graças a mim, uma pessoa que costumava encher uma casa enorme de alegria. Agora, completamente desprovida de carisma, não consegue iluminar um apartamentinho nem com a chegada da primavera.


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Odeio o que eu virei e odeio escrever quando estou deprimida. Acho que é por isso que costumo escrever coisa depressiva em inglês, em português minha depressão soa ainda mais patética. Ter que ligar para alguém para desejar felicidades desse jeito?! Pior do que se sentir uma bosta é fazer outros se sentirem mal também!


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Merda de dia ensolarado! Sem neve e frio para culpar a depressão, fica difícil gostar do é espelho!