Finalmente um domingo que eu tenho algum tempo pra escrever. Minha unhas esta feita, minhas pernas depiladas, os pelos do braços estão descoloridos, as sobranselhas feitas, quase tudo ok, se não fosse pelo fato que que eu tenho um centímetro de raíz no meu cabelo tingido, mas tudo bem! Trabalhando 6 dias por semana 13 horas por dia, sobra pouco tempo pra escrever ou fazer as pequenas coisas que distânciam nós, mulheres, de uma orangutanga. Mas agora que quase tudo está no lugar, eu posso me entrega ao meu blog.
Algumas semanas atrás eu finalmente recebi minha autorização de trabalho, poucas semanas depois de ter perdido a chance de trabalhar nesse filme do Ridley Scott, por que sem seguro social, eles não me contratariam nem como estagiária! O cara que queria me contratar, disse que sentia muito , e que quando eu recebesse a autorização, que eu ligasse pra ele, se eles ainda precisassem de alguém, ele me contrataria.
Semanas depois, com minha autorizção de trabalho em mãos, eu mandei então um e-mail, por que achei que ia ser menos cara -de-pau da minha parte do que ligar depois de 3 semanas, achando que ainda existiria um lugar pra mim lá. Alguns dias depois eu ouço no meu celular esse educadíssimo recado na minha secretária eletrónica dizendo que estava muito feliz por mim, mas que no momento, não precisava de ninguém. Eu ouvi o que já era esperando, voltei pra minha realidade alienante de garçonete e fiquei lá planejando uma maneira de arrumar outra oportunidade de trabalho no cenário artístico de NYC. Felismente, antes que eu podesse pensar em algo genial, eu recebi uma segunda ligação. Era a mesma educadíssima voz, dessa vez, feliz em me convidar para trabalhar no mesmo filme.
Retornei a ligação extremamente nervosa pra confirmar o que a mensagem dizia: que eu tinha conseguido meu primeiro trabalho de verdade em NYC. A princípio, seria por apenas duas semanas, mas não importava, por que durante essas duas semanas, quando alguém me perguntasse, o que eu fazia da vida, a resposta não seria: “ Eu sou garconete” e sim: “Eu sou assistente de produção de figurino do filme Um gangster Americano da Universal Estúdios”. Bem, depois de responder as 3 ou 4 primeiras perguntas, a pessoa iria descobrir que: “ …não, eu nunca vi o Denzel Washigton… nem o Russel Crowe…não, eu não visto ninguém,… não, eu não desenho nada pro filme…” depois disso uma outra pergunta era inevitável: “ O que você faz então?” E essa era a mesma pergunta que eu tinha na minha cabeça quando eu chegeuei ao prédio onde hoje eu trabalho naquela primeira manhã.
Eu cheguei no endereço indicado que era nessa vizinhança horrorosa conhecida como Chicken Hell. Entrei na portaria e chamei o elevador. Enquanto o elevador mais devagar de Manhattan chegava ao térreo, eu lia a placa na portaria que dizia o que existia em cada andar daquele prédio. Eu deveria ir para o sexto andar pra qual a placa dizia: American Gangster , Castin and Wardrope Extras. Um andar pra o figurino da figuração e pro castin. O sétimo andar estava o Costume designer, o figurino dos atores principais, um andar inteiro pra esse. No terceiro andar, produção e direção de arte. Eram no total 3 andares desse prédio pra o filme. Com certeza eles teriam escritórios em outros lugares por que , ali não estavam a produção executiva ou direção.
Cheguei ao sexto andar as sete e meia da manhã como foi o combinado e me puz a procurar pelo meu chefe.
Logo que o encontro, como sempre, estremamente educado, ele me diz pra esperar uma reunião que me direcionaria no que eu iria fazer. A reunião nunca aconteceu, mas o trabalho chegou logo. Arrumar chapéus, por sapatos na estante, pendurar gravatas no seu respectivos lugares, tudo extremamente especificado.
O meu chefe aparece e veio com um trabalho específico pra mim: quarto pastas grossas cheias de fotos.. Cada figurante no tem uma prova de roupas. Os “Fitters” vestem os figurantes com tudo que tem direito, apetrechos e badulaques! Depois disso cada um tira uma foto, com nome e cena onde aparecem. A gente imprime as fotos. A assistente de figurino olha as fotos escreve observações tipo: “outra gravata” ou “prescisa de brinco”. Ela leva as fotos pra figurinista e ela aprova ou diz o que está errado. As fotos voltam, e foi ai que eu peguei as beditas, ao todo, aproximadamente mil 600 fotos. O filme vai usar , no total,6 mil figurantes!
Cada pessoa, nesse dia, tinha em média 3 fotos. Eu tinha que achar as 3 fotos de cada pessoa, por em um saquinho e depois colocar em ordem alfabética!
Mil horas depois eu tinha acabado, eram umas 6 da tarde e eu já estava pronta pra ir embora quando meu chefe me pediu pra acompanha-lo.
Lá estavam 200 figurinos, na verdade, 400 figurinos em 200 capas. Cada pessoa ia participar de duas cenas, uma das cenas tinha uma foto com e sem casaco de frio. As capas com os figurinos estavam em ordem alfabética. Eu tinha que ler o nome, verificar se a roupa dentro da capa e a da foto batiam e, finalmente pendurar com um alfinete o saquinho na capa, 200 vezes!!!!
Cheguei em casa as 9 horas no meu primeiro dia de trabalho com os dedos completamente pinicados de tanto me furar nos alfinetes. Odiei o namorido quando o vi, isso por que, quando eu sai de casa, ele estava dormindo e quando eu cheguei lá estava ele, saindo do banho depois de correr 40 minutos.
Chegundo dia, um dos PA, sigla pra Production Assistant, teve que ir pro set e eu fui informada que ia ter que cuidar do almoço. Todo dia a gente escolhe dois cardápios de comida que faz entrega, passa uma lista pra todo mundo que esta trabalhando nesse dia ( o que muda todo dia) e depois liga fazendo o pedido. Quando a comida chega, a gente usa o nossos superpoderes pra descobrir o que tem dentro de cada container e por o nome das pessoas e entragar a comida de cada um.
As 2:30 da tarde eu fui informada da função que entre todas as outras que me foram atribuidas, seria a mais odiada: Starbucks!
Starbucks é o Mc Donalds em forma de cafeteria! Isso já é motivo suficiente pra eu odiar ir lá. Assim como no almoço, eu teria que passar uma lista com os pedidos, dessa vez, eu além de recolher os pedidos teria que recolher dinheiro, por que o café caro da starbucks não era pago pelo filme, como o almoço. Ai vinham os pedidos! Se você pergunta pra alguém que tipo de café ela quer, o máximo que ela vai te pedir vai ser um capiccino light, e isso se ela for fresca! Aqui a história é outra! “ Grade triplo descafeinado late com leite de soja” ou o pior de todos “Venti spicy pumpkin late com leite de soja” … multiplicando isso as vezes dez lá ia eu sozinha pra Starbucks com pra 14 ou 15 cafés! Eu tinha que conferir os pedidos sob os olhares furiosos da fila atráz de mim, dividir os cafés por tamanho, colocar nas bandejinhas que seguram 4 copos assim, eu poderia empilhar duas bandejinhas e colocar em uma sacola , eu carrego duas sacolas, o que quase sempre funciona. Eu digo quase por que teve esse dia quano as duas sacolas cheias com quarto bandeijinhas nnao funcionou.
Era minha segunda semana carregando café. Eu olhei pela janela logo que minha lista ficou pronta, o tempo não estava dos melhores, mas não adiantava guarda-chuva, por que eu não teria mãos pra o ditto cujo, tendo que carregar duas sacolas cheias de café. Fui pra Starbucks e o tempo era feio , mas não chuvia. Comprei meus 14 cafés e voltava meus quarto quateirões quando a chuva começou. Contunuei andando temendo pela integridade as sacola , um vez que a mesma era feita de papel. Foi a cinco metros da entrada do prédio que o trágico aconteceu: A sacola molhada rompeu–se! Oito copos de café esparamados no chão. Lá estava eu, naquela situação digna de comedia pastelão tentando salvar os cafés no meio da chuva. Duas garotas iam passando quando o ocorrido se passou e ofereceram ajuda. Carregando os cafés meio cheios até meu prédio as garotas ia dizendo o quanto elas sentiam muito pelo que acaba de acontecer. Chegando ao meu andar fui conferir os cafés, e o estrago tinha sido menor do que o que eu pensava: muitos copos estavam apenas meio cheios, graças as tampinhas, apenas um café tinha ficado pra tráz largado no meio da rua. Conferindo a lista de nomes descobri a quem pertencia o café perdido: a mim! Agora eu estava molhada , com frio e sem café!
Ah se você leu isso tudo achando que eu iria desvendar os mistéios por tráz dos “roliudianos” … “ Não, eu não conheci o Denzel, não, nem o Russel Crowe, e eu não sei se ele é mesmo chato como todo mundo diz… Nunca vi o Ridley Scott” mas eu sei o cardápio da Starbucks decorado, de tráz pra frente isso por que eu sou uma P.A. que na verdade é a sigla pra: Bactéria que alimenta o fungo que cresce no coco do cavalo do bandido!
Algumas semanas atrás eu finalmente recebi minha autorização de trabalho, poucas semanas depois de ter perdido a chance de trabalhar nesse filme do Ridley Scott, por que sem seguro social, eles não me contratariam nem como estagiária! O cara que queria me contratar, disse que sentia muito , e que quando eu recebesse a autorização, que eu ligasse pra ele, se eles ainda precisassem de alguém, ele me contrataria.
Semanas depois, com minha autorizção de trabalho em mãos, eu mandei então um e-mail, por que achei que ia ser menos cara -de-pau da minha parte do que ligar depois de 3 semanas, achando que ainda existiria um lugar pra mim lá. Alguns dias depois eu ouço no meu celular esse educadíssimo recado na minha secretária eletrónica dizendo que estava muito feliz por mim, mas que no momento, não precisava de ninguém. Eu ouvi o que já era esperando, voltei pra minha realidade alienante de garçonete e fiquei lá planejando uma maneira de arrumar outra oportunidade de trabalho no cenário artístico de NYC. Felismente, antes que eu podesse pensar em algo genial, eu recebi uma segunda ligação. Era a mesma educadíssima voz, dessa vez, feliz em me convidar para trabalhar no mesmo filme.
Retornei a ligação extremamente nervosa pra confirmar o que a mensagem dizia: que eu tinha conseguido meu primeiro trabalho de verdade em NYC. A princípio, seria por apenas duas semanas, mas não importava, por que durante essas duas semanas, quando alguém me perguntasse, o que eu fazia da vida, a resposta não seria: “ Eu sou garconete” e sim: “Eu sou assistente de produção de figurino do filme Um gangster Americano da Universal Estúdios”. Bem, depois de responder as 3 ou 4 primeiras perguntas, a pessoa iria descobrir que: “ …não, eu nunca vi o Denzel Washigton… nem o Russel Crowe…não, eu não visto ninguém,… não, eu não desenho nada pro filme…” depois disso uma outra pergunta era inevitável: “ O que você faz então?” E essa era a mesma pergunta que eu tinha na minha cabeça quando eu chegeuei ao prédio onde hoje eu trabalho naquela primeira manhã.
Eu cheguei no endereço indicado que era nessa vizinhança horrorosa conhecida como Chicken Hell. Entrei na portaria e chamei o elevador. Enquanto o elevador mais devagar de Manhattan chegava ao térreo, eu lia a placa na portaria que dizia o que existia em cada andar daquele prédio. Eu deveria ir para o sexto andar pra qual a placa dizia: American Gangster , Castin and Wardrope Extras. Um andar pra o figurino da figuração e pro castin. O sétimo andar estava o Costume designer, o figurino dos atores principais, um andar inteiro pra esse. No terceiro andar, produção e direção de arte. Eram no total 3 andares desse prédio pra o filme. Com certeza eles teriam escritórios em outros lugares por que , ali não estavam a produção executiva ou direção.
Cheguei ao sexto andar as sete e meia da manhã como foi o combinado e me puz a procurar pelo meu chefe.
Logo que o encontro, como sempre, estremamente educado, ele me diz pra esperar uma reunião que me direcionaria no que eu iria fazer. A reunião nunca aconteceu, mas o trabalho chegou logo. Arrumar chapéus, por sapatos na estante, pendurar gravatas no seu respectivos lugares, tudo extremamente especificado.
O meu chefe aparece e veio com um trabalho específico pra mim: quarto pastas grossas cheias de fotos.. Cada figurante no tem uma prova de roupas. Os “Fitters” vestem os figurantes com tudo que tem direito, apetrechos e badulaques! Depois disso cada um tira uma foto, com nome e cena onde aparecem. A gente imprime as fotos. A assistente de figurino olha as fotos escreve observações tipo: “outra gravata” ou “prescisa de brinco”. Ela leva as fotos pra figurinista e ela aprova ou diz o que está errado. As fotos voltam, e foi ai que eu peguei as beditas, ao todo, aproximadamente mil 600 fotos. O filme vai usar , no total,6 mil figurantes!
Cada pessoa, nesse dia, tinha em média 3 fotos. Eu tinha que achar as 3 fotos de cada pessoa, por em um saquinho e depois colocar em ordem alfabética!
Mil horas depois eu tinha acabado, eram umas 6 da tarde e eu já estava pronta pra ir embora quando meu chefe me pediu pra acompanha-lo.
Lá estavam 200 figurinos, na verdade, 400 figurinos em 200 capas. Cada pessoa ia participar de duas cenas, uma das cenas tinha uma foto com e sem casaco de frio. As capas com os figurinos estavam em ordem alfabética. Eu tinha que ler o nome, verificar se a roupa dentro da capa e a da foto batiam e, finalmente pendurar com um alfinete o saquinho na capa, 200 vezes!!!!
Cheguei em casa as 9 horas no meu primeiro dia de trabalho com os dedos completamente pinicados de tanto me furar nos alfinetes. Odiei o namorido quando o vi, isso por que, quando eu sai de casa, ele estava dormindo e quando eu cheguei lá estava ele, saindo do banho depois de correr 40 minutos.
Chegundo dia, um dos PA, sigla pra Production Assistant, teve que ir pro set e eu fui informada que ia ter que cuidar do almoço. Todo dia a gente escolhe dois cardápios de comida que faz entrega, passa uma lista pra todo mundo que esta trabalhando nesse dia ( o que muda todo dia) e depois liga fazendo o pedido. Quando a comida chega, a gente usa o nossos superpoderes pra descobrir o que tem dentro de cada container e por o nome das pessoas e entragar a comida de cada um.
As 2:30 da tarde eu fui informada da função que entre todas as outras que me foram atribuidas, seria a mais odiada: Starbucks!
Starbucks é o Mc Donalds em forma de cafeteria! Isso já é motivo suficiente pra eu odiar ir lá. Assim como no almoço, eu teria que passar uma lista com os pedidos, dessa vez, eu além de recolher os pedidos teria que recolher dinheiro, por que o café caro da starbucks não era pago pelo filme, como o almoço. Ai vinham os pedidos! Se você pergunta pra alguém que tipo de café ela quer, o máximo que ela vai te pedir vai ser um capiccino light, e isso se ela for fresca! Aqui a história é outra! “ Grade triplo descafeinado late com leite de soja” ou o pior de todos “Venti spicy pumpkin late com leite de soja” … multiplicando isso as vezes dez lá ia eu sozinha pra Starbucks com pra 14 ou 15 cafés! Eu tinha que conferir os pedidos sob os olhares furiosos da fila atráz de mim, dividir os cafés por tamanho, colocar nas bandejinhas que seguram 4 copos assim, eu poderia empilhar duas bandejinhas e colocar em uma sacola , eu carrego duas sacolas, o que quase sempre funciona. Eu digo quase por que teve esse dia quano as duas sacolas cheias com quarto bandeijinhas nnao funcionou.
Era minha segunda semana carregando café. Eu olhei pela janela logo que minha lista ficou pronta, o tempo não estava dos melhores, mas não adiantava guarda-chuva, por que eu não teria mãos pra o ditto cujo, tendo que carregar duas sacolas cheias de café. Fui pra Starbucks e o tempo era feio , mas não chuvia. Comprei meus 14 cafés e voltava meus quarto quateirões quando a chuva começou. Contunuei andando temendo pela integridade as sacola , um vez que a mesma era feita de papel. Foi a cinco metros da entrada do prédio que o trágico aconteceu: A sacola molhada rompeu–se! Oito copos de café esparamados no chão. Lá estava eu, naquela situação digna de comedia pastelão tentando salvar os cafés no meio da chuva. Duas garotas iam passando quando o ocorrido se passou e ofereceram ajuda. Carregando os cafés meio cheios até meu prédio as garotas ia dizendo o quanto elas sentiam muito pelo que acaba de acontecer. Chegando ao meu andar fui conferir os cafés, e o estrago tinha sido menor do que o que eu pensava: muitos copos estavam apenas meio cheios, graças as tampinhas, apenas um café tinha ficado pra tráz largado no meio da rua. Conferindo a lista de nomes descobri a quem pertencia o café perdido: a mim! Agora eu estava molhada , com frio e sem café!
Ah se você leu isso tudo achando que eu iria desvendar os mistéios por tráz dos “roliudianos” … “ Não, eu não conheci o Denzel, não, nem o Russel Crowe, e eu não sei se ele é mesmo chato como todo mundo diz… Nunca vi o Ridley Scott” mas eu sei o cardápio da Starbucks decorado, de tráz pra frente isso por que eu sou uma P.A. que na verdade é a sigla pra: Bactéria que alimenta o fungo que cresce no coco do cavalo do bandido!
6 comentários:
laurinha... comecar eh assim, do zero mesmo! Pode ter certeza q vc vai brilhar!
bjks
Kkkkkkkkkkkkkk
Tava sentindo falta dos teus textos...Tambem faz tempo que eu nao tenho tempo para escrever... =/
Beijooooo!!!
E eu preocupada com a minha vida da assistente de luxo! Querida, tenho certeza de que brilharemos, cada qual a seu tempo!
Beijos saudosos... ;)
atualiza esse blog!
ahahha teu blog é demais...e essa história´foi foda hein!!! Toda vez que eu leio esse seu blog transformo as histórias em filme na minha cabeça. Até vi você deixando os cafés caindo...hehe boua sorte e bouas férias em THE!beijão
laurinha!! Como vc esta? Vai pro Brasil qdo? em maio estarei la!
bjks
lele
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