"
Eu já mencionei aqui como o fato de não falar português por muito tempo tem um efeito estranho sobre a auto-estima do indivíduo! Você fica lá no seu limitado vocabulário em inglês e acaba esquecendo, se você é realmente tão superficial assim, ou se você só está a muito tempo sem gastar o vocabulário mais elaborado!
"Isso me faz lembrar das conversas sérias de gente bêbada, quando você começa a falar de coisas existênciais, políticas, confeçar coisas que normalmente você não falaria pro espelho trancada só em um quarto escuro! Aqui, como eu não tenho vocabulário pra me tornar assim tão profunda, eu recorro a comédia!
Eu ando me sentindo menos retardada nos últimos mese; meu inglês melhorou e agora eu não fico nervosa quando eu estou bêbada, a música está alta, tem trinta pessoas falando ao mesmo tempo, e alguém fala comigo e eu não entendo. Eu faço uma boa careta e coço a cabeça com meu indicador, se eu fizesse isso a alguns mêses atrás o povo ia achar que eu não lavo o cabelo, de tantas vezes que meu pobre dedinho iria cutucar meu juízo!
Como as coisas não podem melhorar assim sem nem um empecilho, eu tive uma inusitada surpresa. Essa semana enquanto estava na batalha de trocar de emprego (garçonete, mesmo) em busca de um restaurante melhor, eu me deparei com essa oferta de emprego: O restaurante é lindo, a comida mais bonita que eu já vi, lotado de segunda a segunda, pagamento belezinha, foi quando o gerente me perguntou:" Você já trabalhou em um restaurante grego?" " Ah, o restaurante é grego?" - pensei! O gerente me deu o cardeapio pra estudar e eu fui andando pra casa quando eu me vi diante do sentimento de retardamento que me aterrorizou durante tanto tempo por aqui: Eu tinha dois cardápios, vinho e comida, os dois em grego! A maioria dos pratos eram impronunciáveis pra mim. O cardápio trazia o nome em grego e a descrição em inglês, então eu respirei aliviada. Achei que ia ser tranquilo, por que o povo ia preferir pedir o peixe grelhado do que pagar o mico de tentar pronunciar aquilo.
Cheguei no restaurante pra o meu primeiro dia de treinamento. Como eu pensei, o negócio de pegar o pedido era fácil, você se espicha pra ver sobre o ombro da pessoa pra ver o que ela tá lendo, pergunta:" o peixe grelhado?", e assim vai se virando. Quando eu abro a tela do computador pra colocar o pedido lá estão, todos os nomes em grego, e dessa vez, sem descrição em inglês. Eu tiro meu cardeapio de estudos do bolso do avental, e depois de duas horas consigo passar o pedido pro computador. Eu vou pra cozinha pra ver se eles receberam o pedido corretamente, e lá estão todos os nomes em grego. Todo mundo correndo, um monte de prato na estantes e um amontoado de nomes em grego embaixo, desorganizadamente. Eu olhava, lia, fingia que estava entendendo algo, mas no final eu desistia e soltava:"Por favor, qual desses é a aginares moussaka?" Alguém,puxa um prato da estante pra mim e lá estava o diabo da aucachofra com queijo!
Depois de algumas horas nesse lugar, meu cérebro já estava fervendo e a única coisa que passava na minha cabeça era:" Ai meu deus, tudo de novo!"
Finalmente o gerente me despacha pra casa, eu vou caminhando pensando no calhamaço que eu trazia na bolsa pra estudar sobre os vinhos gregos, quando eu sinto uma pontada .
Da involução propriamente dita
Com toda essa confusão greco-anglo-sacsônica-lusita-espânica na minha cabeça, eu tinha até me esquecido das dores do corpo. Era segunda feira e no domingo, algo muito estranho aconteceu comigo!
Eu ia caminhando com o namorido pra o meu outro trabalho, o que eu devo estar deixando em troca da posição no restaurante grego, quanto comentei com meu com sorte que sentia uma dor estranha na terminção da minha espinha. Na verdade, era no rabinho, sabe a tal da caldal? O susposto rab enconhido? Pois é era lá mesmo que doia! Eu fui contenta, pra o meu trabalho, pois a dor era na verdade bem levinha.
no passar da noite e bendita da dor foi tomando proporções espantosa, chegando ao ponto de limitar amplamente meus movimentos. Eu tinha muita dificuldade em sentar e levantar, pegar algo no chão, nem pensar, e na hora de ir pra casa, a rápida caminhada e 15 minutos se prolongou em talvez meia hora.
Quando eu cheguei quase morredo na porta de casa, claro que eu deixei a chave cair no chão, que era pra ter o que escrever no meu blog! Quase 5 minutos pra pegar a merdinha da chave que caiu no chão! Eu abro a porta e descrubor a única coisa que poderia ser pior do que tentar pegar a chave no chão: uma escadaria pra subir! eu subia 3 degraus, parava, secava as lágrimas que a esse pondo já inundávam meu rosto, subia mais 3 e assim ia indo. Cheguei no apartamento em um estado em que sentar , deitar se levantar, já não dependiam da minha vontade , e sim do auxílio do namorido!
Depois de tentar compressa quente e fria e de ter chorado todas as lágrimas que existiam nos meus olhos, engoli um antinflamatório e fui pra cama.
Nnao consigui dormir um minuto que fosse, era tanta dor e desconforto... eu ficava tentando pensar como eu tinha arrumado aquela dor, foi quando me ocorreu:" Eu tô crescendo uma calda!
Eu estava obviamente "involuindo". Minha teoria era que de tanto não usar meu cérebro, de tanto garçonetiar, eu estava involuindo e por isso lá estava minha calda, suprimida por anos de evolução, dando o ar da graça.
A prova da teoria, foi a cura do acontecido. Na segunda feira, como eu relatei anteriormente, lá estava eu fritando meus miolos pra aprender grego, e quem disse que a calda deu sinal de vida? Pois é a relação foi imediata: quanto mais eu usava meu cérebro, menos minha calda doia!
Depois da minha geniosa constatação , eu corri pra o computador pra escrever no meu blog, uma vez que eu já tinha usado o meu último comprimido de antinflamatório! Se é pra ser um mico, melhor um sabido!
Eu já mencionei aqui como o fato de não falar português por muito tempo tem um efeito estranho sobre a auto-estima do indivíduo! Você fica lá no seu limitado vocabulário em inglês e acaba esquecendo, se você é realmente tão superficial assim, ou se você só está a muito tempo sem gastar o vocabulário mais elaborado!
"Isso me faz lembrar das conversas sérias de gente bêbada, quando você começa a falar de coisas existênciais, políticas, confeçar coisas que normalmente você não falaria pro espelho trancada só em um quarto escuro! Aqui, como eu não tenho vocabulário pra me tornar assim tão profunda, eu recorro a comédia!
Eu ando me sentindo menos retardada nos últimos mese; meu inglês melhorou e agora eu não fico nervosa quando eu estou bêbada, a música está alta, tem trinta pessoas falando ao mesmo tempo, e alguém fala comigo e eu não entendo. Eu faço uma boa careta e coço a cabeça com meu indicador, se eu fizesse isso a alguns mêses atrás o povo ia achar que eu não lavo o cabelo, de tantas vezes que meu pobre dedinho iria cutucar meu juízo!
Como as coisas não podem melhorar assim sem nem um empecilho, eu tive uma inusitada surpresa. Essa semana enquanto estava na batalha de trocar de emprego (garçonete, mesmo) em busca de um restaurante melhor, eu me deparei com essa oferta de emprego: O restaurante é lindo, a comida mais bonita que eu já vi, lotado de segunda a segunda, pagamento belezinha, foi quando o gerente me perguntou:" Você já trabalhou em um restaurante grego?" " Ah, o restaurante é grego?" - pensei! O gerente me deu o cardeapio pra estudar e eu fui andando pra casa quando eu me vi diante do sentimento de retardamento que me aterrorizou durante tanto tempo por aqui: Eu tinha dois cardápios, vinho e comida, os dois em grego! A maioria dos pratos eram impronunciáveis pra mim. O cardápio trazia o nome em grego e a descrição em inglês, então eu respirei aliviada. Achei que ia ser tranquilo, por que o povo ia preferir pedir o peixe grelhado do que pagar o mico de tentar pronunciar aquilo.
Cheguei no restaurante pra o meu primeiro dia de treinamento. Como eu pensei, o negócio de pegar o pedido era fácil, você se espicha pra ver sobre o ombro da pessoa pra ver o que ela tá lendo, pergunta:" o peixe grelhado?", e assim vai se virando. Quando eu abro a tela do computador pra colocar o pedido lá estão, todos os nomes em grego, e dessa vez, sem descrição em inglês. Eu tiro meu cardeapio de estudos do bolso do avental, e depois de duas horas consigo passar o pedido pro computador. Eu vou pra cozinha pra ver se eles receberam o pedido corretamente, e lá estão todos os nomes em grego. Todo mundo correndo, um monte de prato na estantes e um amontoado de nomes em grego embaixo, desorganizadamente. Eu olhava, lia, fingia que estava entendendo algo, mas no final eu desistia e soltava:"Por favor, qual desses é a aginares moussaka?" Alguém,puxa um prato da estante pra mim e lá estava o diabo da aucachofra com queijo!
Depois de algumas horas nesse lugar, meu cérebro já estava fervendo e a única coisa que passava na minha cabeça era:" Ai meu deus, tudo de novo!"
Finalmente o gerente me despacha pra casa, eu vou caminhando pensando no calhamaço que eu trazia na bolsa pra estudar sobre os vinhos gregos, quando eu sinto uma pontada .
Da involução propriamente dita
Com toda essa confusão greco-anglo-sacsônica-lusita-espânica na minha cabeça, eu tinha até me esquecido das dores do corpo. Era segunda feira e no domingo, algo muito estranho aconteceu comigo!
Eu ia caminhando com o namorido pra o meu outro trabalho, o que eu devo estar deixando em troca da posição no restaurante grego, quanto comentei com meu com sorte que sentia uma dor estranha na terminção da minha espinha. Na verdade, era no rabinho, sabe a tal da caldal? O susposto rab enconhido? Pois é era lá mesmo que doia! Eu fui contenta, pra o meu trabalho, pois a dor era na verdade bem levinha.
no passar da noite e bendita da dor foi tomando proporções espantosa, chegando ao ponto de limitar amplamente meus movimentos. Eu tinha muita dificuldade em sentar e levantar, pegar algo no chão, nem pensar, e na hora de ir pra casa, a rápida caminhada e 15 minutos se prolongou em talvez meia hora.
Quando eu cheguei quase morredo na porta de casa, claro que eu deixei a chave cair no chão, que era pra ter o que escrever no meu blog! Quase 5 minutos pra pegar a merdinha da chave que caiu no chão! Eu abro a porta e descrubor a única coisa que poderia ser pior do que tentar pegar a chave no chão: uma escadaria pra subir! eu subia 3 degraus, parava, secava as lágrimas que a esse pondo já inundávam meu rosto, subia mais 3 e assim ia indo. Cheguei no apartamento em um estado em que sentar , deitar se levantar, já não dependiam da minha vontade , e sim do auxílio do namorido!
Depois de tentar compressa quente e fria e de ter chorado todas as lágrimas que existiam nos meus olhos, engoli um antinflamatório e fui pra cama.
Nnao consigui dormir um minuto que fosse, era tanta dor e desconforto... eu ficava tentando pensar como eu tinha arrumado aquela dor, foi quando me ocorreu:" Eu tô crescendo uma calda!
Eu estava obviamente "involuindo". Minha teoria era que de tanto não usar meu cérebro, de tanto garçonetiar, eu estava involuindo e por isso lá estava minha calda, suprimida por anos de evolução, dando o ar da graça.
A prova da teoria, foi a cura do acontecido. Na segunda feira, como eu relatei anteriormente, lá estava eu fritando meus miolos pra aprender grego, e quem disse que a calda deu sinal de vida? Pois é a relação foi imediata: quanto mais eu usava meu cérebro, menos minha calda doia!
Depois da minha geniosa constatação , eu corri pra o computador pra escrever no meu blog, uma vez que eu já tinha usado o meu último comprimido de antinflamatório! Se é pra ser um mico, melhor um sabido!
Um comentário:
Kkkkkkkkkkkkkkk
Muito bom, Laurinha... Eu me divirto lendo tuas coisas! Agora diz: se diverte pq não foi com você ora... Hehehehehe.. Mas é que a forma como vc conta torna as coisas muito legais de se ler.
Bjooo!!!
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